2013. Recebendo um prêmio literário no SESC Crato (CE). Lançamento da Coletânea de contos, com Irretocável.
Dia muito feliz!
Pelo tamanho do conto, não é possível publicá-lo, na íntegra, aqui. Destaco três trechos dele, a seguir:
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"Não podemos dizer o quanto isto transformou a pequena na criatura mais frágil que já se teve notícia. A pureza castiga. Não quando ainda se é puro, mas quando a cortina se descerra e os olhos virgens não agüentam tanta luz. Se alguém jamais sofreu é porque ainda há muita ingenuidade ou dissimulação em si. É preciso sinceridade pra sofrer. Por mais que alguém esteja a erguer todo o tempo cortinas e enfumaçar a vista, algum dia os olhos traem a razão; porque os olhos é quem criam o universo ao redor; e ao nascer, choramos porque dói muito abrir os olhos. Os olhos – janelas da alma e portas da criação.
(...)
E arrastou os joelhos no chão com categoria; procurava não só o prumo, procurava respostas. Não se deixa de questionar por medo ou covardia, mas pela falta da catarse, que chegava a Rosa pelos joelhos: feridos pela primeira vez na vida. Como era possível joelhos que tivessem a pele tão fina quanto as palmas das mãos?
O prumo... o prumo... onde está a porra daquele maldito prumo? A alma humana às vezes precisa do desespero para emergir, e repentinamente, as palavras mais inesperadas manifestam-se como se estivessem a vida toda a esperar aquela expansão."
(Irretocável - Sibéria de Menezes)
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