Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

DIA DE BANCO

Quando for a uma agência bancária, blinde-se. Vá de corpo fechado. A blindagem fica mais por conta do ambiente, do que pela falta de segurança. Explico: nas filas você ficará sujeito a toda sorte de queixas, caras feias, empurra-empurra... as pessoas faltam rosnar e lhe morder as pernas. “Ei, por que ela passa na frente?”. “É atendimento prioritário”. “Hoje só tem prioritário! Que saco!” deixam escapar. “Eu tenho o que fazer – eu trabalho!”. O direito dos outros que se dane! É assim, barbárie mesmo, num ambiente supostamente civilizado e totalmente asséptico, as pessoas esquecem os limites entre elas e os outros. Noutras palavras, o nível de energia é tão negativo que você sente-se esgotado. As pessoas temem tudo: ser assaltadas, ultrapassadas, enganadas, estão com o desconfiômetro quase estourando. Em resumo: é um minitrânsito – só faltam as buzinas, pois que há atropelamentos e avanços de sinais. Nossa! Tome um banho de sal grosso ao sair de lá. Melhor, tome um antes e outro depois.

GALOS MODERNOS

Liquidificadores Buzinas Vozes Gritos Pés Motores Portões Manchetes No solo No ar Um nível além de tudo Barulho Galos? Conhecem galos? Talvez nas mesas Super modificados De vitaminas, hormônios Galo-bomba Galos cantores Não há mais espaço para galos que cantem as manhãs nossas de cada dia Temos fome de cantiga de galo Galos que nos acordem da monotonia dos dias Precisa-se de galos: vivos e cantores