Quando for a uma agência bancária, blinde-se. Vá de corpo fechado. A blindagem fica mais por conta do ambiente, do que pela falta de segurança. Explico: nas filas você ficará sujeito a toda sorte de queixas, caras feias, empurra-empurra... as pessoas faltam rosnar e lhe morder as pernas. “Ei, por que ela passa na frente?”. “É atendimento prioritário”. “Hoje só tem prioritário! Que saco!” deixam escapar. “Eu tenho o que fazer – eu trabalho!”. O direito dos outros que se dane! É assim, barbárie mesmo, num ambiente supostamente civilizado e totalmente asséptico, as pessoas esquecem os limites entre elas e os outros. Noutras palavras, o nível de energia é tão negativo que você sente-se esgotado. As pessoas temem tudo: ser assaltadas, ultrapassadas, enganadas, estão com o desconfiômetro quase estourando. Em resumo: é um minitrânsito – só faltam as buzinas, pois que há atropelamentos e avanços de sinais. Nossa! Tome um banho de sal grosso ao sair de lá. Melhor, tome um antes e outro depois. Ore, reze, faça o que sua fé manda. Assovie, faça de conta que não é com você, tente, mas tente mesmo, manter o humor. Se o estressado for você, redobre os cuidados, tente rir da situação, leve um caderninho, faça caricaturas dos outros, ou de si mesmo... ou, escreva algo a respeito, enquanto ainda de sangue quente.
Mãe, palavra que cria o mundo. Mãe é o substantivo mais adjetivo que existe. A palavra mãe simboliza um algo a mais, incabível no nome em si, por isso, para mim, pertence a duas classes gramaticais – é substantivo e adjetivo. Mãe, adjetivo, é palavra que qualifica o ser. Quando digo e ouço “mãe” toda a ternura do mundo vem a minha boca, entra pelos meus ouvidos. Parece um abraço caloroso e mãos leves. Mãe pode significar carinho, saudade, zelo; também como para mim significa carinhosa, saudosa, zelosa... o nome e o adjetivo cuidam em estar tão juntos de nunca se soltarem. Mãe é uma lente de aumento. Intuitivamente, as mães estão sempre um passo a frente dos filhos; mãe é mãe mesmo quando não dá à luz um ser; assim ela muda a construção da regência para dar luz a um ser – mãe é luz. Generosa, dá luz e dá à luz. Mãe é coisa de Deus. Mulher nasce com a marca de ser mãe, é visceral, e, quando o ventre não conjuga o verbo gerar, a mulher, facilmente, torna-se mãe da mãe, dos i
rsrsr...geralmente a stressada sou eu mesma, mas respeito os atendimentos prioritários, temos tão poucos direitos por que não respeitar-los. beijos.
ResponderExcluirSua arte com as palavras é extraordinária, você transforma uma situação estressante num texto maravilhoso.Parabéns,amiga, que Deus te cubra de graças!
ResponderExcluir