Quando for a uma agência bancária, blinde-se. Vá de corpo fechado. A blindagem fica mais por conta do ambiente, do que pela falta de segurança. Explico: nas filas você ficará sujeito a toda sorte de queixas, caras feias, empurra-empurra... as pessoas faltam rosnar e lhe morder as pernas. “Ei, por que ela passa na frente?”. “É atendimento prioritário”. “Hoje só tem prioritário! Que saco!” deixam escapar. “Eu tenho o que fazer – eu trabalho!”. O direito dos outros que se dane! É assim, barbárie mesmo, num ambiente supostamente civilizado e totalmente asséptico, as pessoas esquecem os limites entre elas e os outros. Noutras palavras, o nível de energia é tão negativo que você sente-se esgotado. As pessoas temem tudo: ser assaltadas, ultrapassadas, enganadas, estão com o desconfiômetro quase estourando. Em resumo: é um minitrânsito – só faltam as buzinas, pois que há atropelamentos e avanços de sinais. Nossa! Tome um banho de sal grosso ao sair de lá. Melhor, tome um antes e outro depois. Ore, reze, faça o que sua fé manda. Assovie, faça de conta que não é com você, tente, mas tente mesmo, manter o humor. Se o estressado for você, redobre os cuidados, tente rir da situação, leve um caderninho, faça caricaturas dos outros, ou de si mesmo... ou, escreva algo a respeito, enquanto ainda de sangue quente.
LIVRANDO-SE DE CALCINHAS “UM POUCO VELHAS” “Sujo atrás da orelha, Bigode de groselha, Calcinha um pouco velha Ela não tem” (Chico Buarque/Edu Lobo. Ciranda da Bailarina) A partir desses versinhos, lindamente interpretados por Adriana Partimpim (heterônimo da Adriana Calcanhoto para crianças), surgiu, numa roda de meninas-não-bailarinas, onde, felizmente, eu estava, um assunto que me chamou atenção. “Isto merece um texto!”. Ei-lo! A pergunta é a seguinte: o que fazer com calcinhas velhas? Daquelas mesmo que estás pensando nessa sua cabecinha, aquelas... que todas nós tivemos, temos e teremos, em algum momento da vida – se Deus quiser! Calcinhas um pouco velhas sempre estarão nas nossas gavetas. E como teremos rituais e alguma dificuldade para jogá-las fora! Conversa vai, conversa vem... fui ouvindo depoimentos tão curiosos que me arrepiei ao pensar no quanto estávamos desfrutando de tamanha intimidade naquele momento. Eu também tive a minha hora de confessar o que costumava fazer com ...
rsrsr...geralmente a stressada sou eu mesma, mas respeito os atendimentos prioritários, temos tão poucos direitos por que não respeitar-los. beijos.
ResponderExcluirSua arte com as palavras é extraordinária, você transforma uma situação estressante num texto maravilhoso.Parabéns,amiga, que Deus te cubra de graças!
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