Mãe, palavra que cria o mundo.
Mãe é o
substantivo mais adjetivo que existe. A
palavra mãe simboliza um algo a mais, incabível no nome em si, por isso, para
mim, pertence a duas classes gramaticais – é substantivo e adjetivo. Mãe,
adjetivo, é palavra que qualifica o ser.
Quando
digo e ouço “mãe” toda a ternura do mundo vem a minha boca, entra pelos meus
ouvidos. Parece um abraço caloroso e mãos leves. Mãe pode significar carinho,
saudade, zelo; também como para mim significa carinhosa, saudosa, zelosa... o
nome e o adjetivo cuidam em estar tão juntos de nunca se soltarem.
Mãe é
uma lente de aumento. Intuitivamente, as mães estão sempre um passo a frente
dos filhos; mãe é mãe mesmo quando não dá à luz um ser; assim ela muda a
construção da regência para dar luz a um ser – mãe é luz. Generosa, dá luz e dá
à luz.
Mãe é
coisa de Deus. Mulher nasce com a marca de ser mãe, é visceral, e, quando o
ventre não conjuga o verbo gerar, a mulher, facilmente, torna-se mãe da mãe,
dos irmãos, dos sobrinhos, dos alunos, dos vizinhos, dos colegas ou de um bicho
de estimação. Por isso, ser mãe é imperativo à mulher. É da sua natureza.
Mãe,
santíssima palavra de três letras.
Sibéria de Menezes Carvalho
Mãe de Ulisses e Marina
Filha de Maria de Fátima
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