Uma recaída é um sinal de humanidade. Quantas vezes quebramos as mesmas promessas de "jamais"? Não falo das grandes recaídas - de namoros e voltas desse tipo. Mas das mais simples, que são, no fundo, as mais difíceis de segurar. E, por as julgarmos bobas demais, estamos sempre a cometê-las.
Eu confesso, com quase todas as letras, as minhas mais tolas recaídas.
As clássicas: promessas de comer menos, de visitar os amigos, de não usar as mesmas sentenças e de deixar de fazer promessas. Talvez nessa última eu seja recordista. "Prometo que não vou mais prometer!".
Ter uma recaída é nosso sinal humano sobre a face da terra e das águas. Sinal de que voltamos atrás, de que somos falhos, inacabados e, por isto mesmo, eternos. Gozamos do livre arbítrio a todo momento. (Re)cair. Voltar ao chão. À estaca zero. Voltamos à página em branco. (Re)cair é voltar ao começo quando a nossa vida nos parece retilínea demais, rasa demais. Então, mergulhamos nas promessas que podemos, como juízes de nós mesmos, quebrar a qualquer instante.
Dizendo as mesmas palavras que jurei relegar ao calabouço do esquecimento, percebo então o quanto eu sou tais palavras e quanto elas sou eu. Elas dizem-me, finalmente, que voltar atrás, nas decisões e ações mais cotidianas e efêmeras é o jeito mais humano que encontro de exercer a contínua metamorfose que sou. Nego-me e aceito-me, gosto-me e desgosto-me para ser, necessariamente,eu mesma.
Eu confesso, com quase todas as letras, as minhas mais tolas recaídas.
As clássicas: promessas de comer menos, de visitar os amigos, de não usar as mesmas sentenças e de deixar de fazer promessas. Talvez nessa última eu seja recordista. "Prometo que não vou mais prometer!".
Ter uma recaída é nosso sinal humano sobre a face da terra e das águas. Sinal de que voltamos atrás, de que somos falhos, inacabados e, por isto mesmo, eternos. Gozamos do livre arbítrio a todo momento. (Re)cair. Voltar ao chão. À estaca zero. Voltamos à página em branco. (Re)cair é voltar ao começo quando a nossa vida nos parece retilínea demais, rasa demais. Então, mergulhamos nas promessas que podemos, como juízes de nós mesmos, quebrar a qualquer instante.
Dizendo as mesmas palavras que jurei relegar ao calabouço do esquecimento, percebo então o quanto eu sou tais palavras e quanto elas sou eu. Elas dizem-me, finalmente, que voltar atrás, nas decisões e ações mais cotidianas e efêmeras é o jeito mais humano que encontro de exercer a contínua metamorfose que sou. Nego-me e aceito-me, gosto-me e desgosto-me para ser, necessariamente,eu mesma.
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