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Mostrando postagens de maio, 2012

A palavra Mãe

Mãe, palavra que cria o mundo. Mãe é o substantivo mais adjetivo que existe.   A palavra mãe simboliza um algo a mais, incabível no nome em si, por isso, para mim, pertence a duas classes gramaticais – é substantivo e adjetivo. Mãe, adjetivo, é palavra que qualifica o ser. Quando digo e ouço “mãe” toda a ternura do mundo vem a minha boca, entra pelos meus ouvidos. Parece um abraço caloroso e mãos leves. Mãe pode significar carinho, saudade, zelo; também como para mim significa carinhosa, saudosa, zelosa... o nome e o adjetivo cuidam em estar tão juntos de nunca se soltarem. Mãe é uma lente de aumento. Intuitivamente, as mães estão sempre um passo a frente dos filhos; mãe é mãe mesmo quando não dá à luz um ser; assim ela muda a construção da regência para dar luz a um ser – mãe é luz. Generosa, dá luz e dá à luz. Mãe é coisa de Deus. Mulher nasce com a marca de ser mãe, é visceral, e, quando o ventre não conjuga o verbo gerar, a mulher, facilmente, torna-se mãe da mãe, dos i

Sobre recaídas

Uma recaída é um sinal de humanidade. Quantas vezes quebramos as mesmas promessas de "jamais"? Não falo das grandes recaídas - de namoros e voltas desse tipo. Mas das mais simples, que são, no fundo, as mais difíceis de segurar. E, por as julgarmos bobas demais, estamos sempre a cometê-las. Eu confesso, com quase todas as letras, as minhas mais tolas recaídas. As clássicas: promessas de comer menos, de visitar os amigos, de não usar as mesmas sentenças e de deixar de fazer promessas. Talvez nessa última eu seja recordista. "Prometo que não vou mais prometer!". Ter uma recaída é nosso sinal humano sobre a face da terra e das águas. Sinal de que voltamos atrás, de que somos falhos, inacabados e, por isto mesmo, eternos. Gozamos do livre arbítrio a todo momento. (Re)cair. Voltar ao chão. À estaca zero. Voltamos à página em branco. (Re)cair é voltar ao começo quando a nossa vida nos parece retilínea demais, rasa demais. Então, mergulhamos nas promessas que podemos, c