Sibéria
O poeta sofre
A folha em branco
Como se branca
Fosse a vida
Toda
Escreve datas
Garranchos
Seu próprio nome
E vai
Desenhando a folha
No exercício confuso
Da beleza de ser
Poeta
Uma palavra:
E basta,
Para que tudo
Ache sentido e forma e cor
Mas não qualquer palavra
Ou mesmo qualquer uma, só que agora:
Ventilador, fósforo, janelas...
Desde que se abram
Todos os sentidos.
A folha branca
A cara branca
A roupa branca
Esperam a palavra
Que vá manchar-lhes a
Tediosa brancura
O poeta sofre com a brancura das coisas.
O poeta sofre
A folha em branco
Como se branca
Fosse a vida
Toda
Escreve datas
Garranchos
Seu próprio nome
E vai
Desenhando a folha
No exercício confuso
Da beleza de ser
Poeta
Uma palavra:
E basta,
Para que tudo
Ache sentido e forma e cor
Mas não qualquer palavra
Ou mesmo qualquer uma, só que agora:
Ventilador, fósforo, janelas...
Desde que se abram
Todos os sentidos.
A folha branca
A cara branca
A roupa branca
Esperam a palavra
Que vá manchar-lhes a
Tediosa brancura
O poeta sofre com a brancura das coisas.
Lindo... Lembrou-me a brancura de Saramago...
ResponderExcluirSim. E que, quando o tempo chegar ao fim, nada tenha ficado em branco!
ResponderExcluirGK