Pular para o conteúdo principal

We've got the power!


























Cada qual com o seu superpoder.
Aquele onde mora a força que nos mantém vivos.
Há o poder da paciência
E dos que têm pressa
Há o poder do silêncio
E o da gritaria
Há o poder do indivíduo
E o da multidão
Há poder em permanecer parado, como há o de bater em retirada... há grande poder em querer estar nos dias seguintes.
Há poder em se alegrar com as coisas semiatômicas, pequenas e indivisíveis: abraços, beijos, olhares e apertos de mãos.
Há muito poder na boa espera
Há poder no humor que suaviza as horas más
Há poder em se perder, para encontrar-se consigo em melhores condições mais tarde. 

Perder-se para depois achar-se é de alegria incomensurável.
Há mais poder em amar do que em ser amado.
Sim, todos temos superpoderes. Observa: como tens talento para cuidar ou ser cuidado, como te assentas em paz sobre dias difíceis, como tens aquela palavra ou aquele silêncio, aquele abraço ou aquele jeito de fazer o bem que seja! Como tu te levantas quando todos esmorecem ou como simplesmente estás ali, verdadeiramente ali, ao lado dos que te precisam.
Há poder em estar vivo. Diz pra mim, ou para ti: Qual é o seu superpoder? 


(Sibéria de Menezes Carvalho)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A palavra Mãe

Mãe, palavra que cria o mundo. Mãe é o substantivo mais adjetivo que existe.   A palavra mãe simboliza um algo a mais, incabível no nome em si, por isso, para mim, pertence a duas classes gramaticais – é substantivo e adjetivo. Mãe, adjetivo, é palavra que qualifica o ser. Quando digo e ouço “mãe” toda a ternura do mundo vem a minha boca, entra pelos meus ouvidos. Parece um abraço caloroso e mãos leves. Mãe pode significar carinho, saudade, zelo; também como para mim significa carinhosa, saudosa, zelosa... o nome e o adjetivo cuidam em estar tão juntos de nunca se soltarem. Mãe é uma lente de aumento. Intuitivamente, as mães estão sempre um passo a frente dos filhos; mãe é mãe mesmo quando não dá à luz um ser; assim ela muda a construção da regência para dar luz a um ser – mãe é luz. Generosa, dá luz e dá à luz. Mãe é coisa de Deus. Mulher nasce com a marca de ser mãe, é visceral, e, quando o ventre não conjuga o verbo gerar, a mulher, facilmente, torna-se mãe da mãe, dos i

Do it yourself

Há algum tempo venho insuspeitavelmente vivendo o "faça você mesmo" (interessante, pode ser entendido "faça a si mesmo"), é, pode ser. Mas, neste momento, tenho quase uma idéia fixa ("Deus te livre, leitor, de uma idéia fixa!" - Brás Cubas). Pois é, tenho de admitir, tenho uma idéia fixa e não quase uma: Se você pensou - costurar - acertou! Quero aprender a costurar. E sei que vou. Falta-me pouco (rsrsrsrsrs) só fazer a matrícula num curso, comprar uma máquina de costura... ou seja, arranjar tempo e dinheiro para tanto. Mas é uma questão de... como eu diria... investimento! Não desses com retorno financeiro, mas com o seguinte retorno: Ouço pássaros cantando? Sinto borboletas nos meus ombros? Filho, é a sua cara! Que tal um café, amor? Umas roupitchas também, que não sou de ferro... Mas podes perguntar: E daí, por que não comprar isso tudo? Ou já supõe que estou querendo economizar... brincadeirinha! Mas a questão vai além disso. É carinho, é memória.

À procura do meu momento Susan Boile

A literatura está repleta de momentos-cisne, da descoberta de um dom, talento ou beleza especial. Agora, em tempos de you tube, o mundo ficou sabendo da beleza de um momento como aquele citado acima: alguém descobriu a que veio a este mundo. Com isto sentir-se confortável é o mínimo que se pode alcançar. Não se trata apenas de ter uma posição de destaque, de reconhecimento, já que isto é inevitável no percurso de quem sabe o que quer. Há nesse mundo gente que quer pedalar, cozinhar, limpar, voar, dançar, pintar, curar, subir, cair, atuar... só que antes de qualquer desses verbos, há o verbo querer. Trata-se, sim, justamente dessa certeza, desse foco, de saber querer o que se procura. Um querer é perseguido ao mesmo tempo que nos persegue. O que aconteceu à Susan agora é só sabido por uma multidão de fãs, mas, creio que fosse o que fosse, fizesse o que fizesse da vida, Susan abriria sua boca para cantar, com a mesma realeza. Varrendo chão, ninando crianças, cozinhando, embaixo do chuve