Por Sibéria de Menezes
Explosão
é multiplicação, é divisão. Explodir é extremamente necessário
e vital. Dizem que o mundo, este mundo, nasceu de uma explosão. E o
que somos nós, senão uma explosão ambulante?
É preciso
arranjar uma forma de explodir – de amor, de ódio, de tesão, de
ternura, de revolta, de literatura. Explodir é não caber mais em
si, é não se rodear pelas mesmas margens e definir um novo
contorno, borrado ainda pela “imatureza”.
Quer
saber? Exploda-se! Multiplique-se em mil pedacinhos, estraçalhe-se,
divida-se e, recomponha-se, arranje outro jeito de estar aqui,
sente-se do lado oposto, ouça uma nova canção, reinvente-se para
encher-se de outras certezas e, quando não couber mais andar com
elas... saiba – é tempo de uma nova explosão. Corte os cabelos,
jogue-os para o outro lado, tome o ônibus errado de propósito, diga
que hoje NÃO ou diga que hoje SIM.
Derive-se.
Crie-se.
Conjugue-se.
Exploda.
Ouço o barulho ao redor. Está tudo a explodir a todo instante: o
casulo, os raios de sol, a eletricidade, as águas e também o meu
coração.
Palavras
explodem no papel como o leite que derramado no meio da noite. Palavras me
obrigam a levantar na/da escuridão. Palavras me obrigam a levantar no/do silêncio.
Pronto.
Explodi minha parte que me coube hoje, até agora. Quem sabe não
chegou a sua vez de?
É tão gostoso explodir!!!
ResponderExcluirQue sensacional explosão de poesia tua!!!
Bom, né? Uma explosãozinha de vez em quando não faz mal a ninguém... Obrigada pelo elogio!
ExcluirQue maravilha Sibéria, eu explodi lendo isso, ploctttt!!!
ResponderExcluirObrigada, Denise! Beijão, querida.
ExcluirPou, pou, pou, pou!!!!
ResponderExcluirE tu sabes bem o quanto eu ando explodindo, né?
Amei o texto, moça explosiva.
Obrigada, Amanda! Vocês são uma explosão.
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