É bem possível traçar o horóscopo de uma mulher, ou até mesmo fazer-lhe um mapa astral, ou um profundo estudo sobre sua personalidade a partir da leitura da sua bolsa. Prá mim é bem mais eficiente do que a leitura da mão...
Agora, saindo um pouco do geral, falo de mim. A minha bolsa me diz tudo sobre os meus momentos, e sempre que a organizo fico muito reflexiva. Isso é bom, a reflexão fazendo o caminho contrário, deixando de me atrapalhar quando quero agir... vindo depois da ação, depois do fato consumado. Eu nunca penso: “Hoje vou arrumar a bolsa!” Simplesmente a abro e mergulho na sua/minha história recente, geralmente das últimas semanas. Considero-me uma pessoa desligada, não lembro direito das coisas, de quando aconteceram se faz um, dois ou mais dias que aconteceram... com muita sorte sei (às vezes) que não foi hoje.
Bem, voltando à bolsa: encontro tickets, cupons fiscais, guias de cartão de crédito, propagandas... coisas que podem e outras que não podem ir para o lixo. Numa bolsa há espaço pra tudo: economia, relações-públicas (e privadas, é claro), papelaria, cosmética, documentos (que tentam dizer quem você é...), religiosidade, literatura, alimentação... – uma bolsa pode ser um fardo na sua vida, a prova do seu apego a algumas coisas ou a sua grande e silenciosa companhia. O quanto estiver bagunçada, sua vida assim também estará – e, nesse caso, parece que o mundo começa na sua bolsa e parece que num passe de mágica (ou de zíper) todos os problemas do mundo se acabarão. Agora, já que existe essa sentença, também é verdadeiro dizer que você, que não consegue controlar a bagunça da sua própria bolsa de uma vez por todas, imagine definir todas as coisas do mundo. Um paradoxo né? É humanamente possível organizar a bolsa e sua vida, mas é humanamente impossível que essa organização dure para sempre. É preciso um lixinho de vez em quando dentro da bolsa para depois encontrar total prazer em arrumá-la, dando-lhe (a você) uma sensação especial de pura onipotência: Eu posso mudar as coisas. Eu posso me olhar e me ver: se tenho comido demais, se tenho gastado dinheiro demais, se tenho me maquiado de menos, se meu batom está vencido, se carrego o que não devo e se estou sempre a esquecer coisas importantes e gastando esse mesmo espaço com aquilo que menos me interessa. Observo se perco coisas demais, se o celular está querendo carga, se as canetas estão falhando, se levo itens repetidos, se tenho esquecido o espelho para não me ver, ou as chaves, para não abrir aquele armário que prende a minha bolsa com toda a minha vida dentro: meus filhos, meu marido, meus pais, meus livros... e tantas outras palavras!
Agora, saindo um pouco do geral, falo de mim. A minha bolsa me diz tudo sobre os meus momentos, e sempre que a organizo fico muito reflexiva. Isso é bom, a reflexão fazendo o caminho contrário, deixando de me atrapalhar quando quero agir... vindo depois da ação, depois do fato consumado. Eu nunca penso: “Hoje vou arrumar a bolsa!” Simplesmente a abro e mergulho na sua/minha história recente, geralmente das últimas semanas. Considero-me uma pessoa desligada, não lembro direito das coisas, de quando aconteceram se faz um, dois ou mais dias que aconteceram... com muita sorte sei (às vezes) que não foi hoje.
Bem, voltando à bolsa: encontro tickets, cupons fiscais, guias de cartão de crédito, propagandas... coisas que podem e outras que não podem ir para o lixo. Numa bolsa há espaço pra tudo: economia, relações-públicas (e privadas, é claro), papelaria, cosmética, documentos (que tentam dizer quem você é...), religiosidade, literatura, alimentação... – uma bolsa pode ser um fardo na sua vida, a prova do seu apego a algumas coisas ou a sua grande e silenciosa companhia. O quanto estiver bagunçada, sua vida assim também estará – e, nesse caso, parece que o mundo começa na sua bolsa e parece que num passe de mágica (ou de zíper) todos os problemas do mundo se acabarão. Agora, já que existe essa sentença, também é verdadeiro dizer que você, que não consegue controlar a bagunça da sua própria bolsa de uma vez por todas, imagine definir todas as coisas do mundo. Um paradoxo né? É humanamente possível organizar a bolsa e sua vida, mas é humanamente impossível que essa organização dure para sempre. É preciso um lixinho de vez em quando dentro da bolsa para depois encontrar total prazer em arrumá-la, dando-lhe (a você) uma sensação especial de pura onipotência: Eu posso mudar as coisas. Eu posso me olhar e me ver: se tenho comido demais, se tenho gastado dinheiro demais, se tenho me maquiado de menos, se meu batom está vencido, se carrego o que não devo e se estou sempre a esquecer coisas importantes e gastando esse mesmo espaço com aquilo que menos me interessa. Observo se perco coisas demais, se o celular está querendo carga, se as canetas estão falhando, se levo itens repetidos, se tenho esquecido o espelho para não me ver, ou as chaves, para não abrir aquele armário que prende a minha bolsa com toda a minha vida dentro: meus filhos, meu marido, meus pais, meus livros... e tantas outras palavras!
A minha bolsa vive me dizendo o quanto eu sou desorganizada. Vivo trocando de bolsa (e talvez de vida???)e nunca repasso tudo de uma pra outra, e quando retorno à antiga, redescubro um monte acontecimentos que ficaram para trás.
ResponderExcluirMulheres e suas bolsas...
Só temos que tomar cuidado para não carregarmos coisas demais e caminharmos curvadas pelas ruas, tamanho o peso carregados ao ombro.
Bjs!