“Eta, vida besta, meu Deus!”
Um poeminha pensando em Drummond
Mão-de-obra
Pé-de-valsa
João-sem-braço
Maria-vai-com-as-outras
João-ninguém
Samba-do-crioulo-doido
Corpo-mole
Minha vida hifenada a tua
Minha vida substantivada
Ali vai Raimundo que amava ninguém
Raimundo que faz corpo-mole
Quando vê
a hora de dançar o samba-do-crioulo-doido
Raimundo João-ninguém que é só mão-de-obra rasa
Raimundo, dançarino pé-de-valsa que vai com a
Maria-vai-com-as-outras
Vai, Raimundo, ser gauche na vida
Vai ser tudo, Raimundo
Vai ser rima, vai sem rumo
Vai amar Teresa nenhuma
Lá vai Raimundo, sem ser rima, nem solução.
Lá vai Raimundo
Lá vai Drummond
Lá vou eu, sem rima no coração.
Sibéria de Menezes
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